segunda-feira, 27 de agosto de 2007

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A verdade última
É que não existe verdade nenhuma.
Tudo é acaso
E o acaso não tem razão.

O instinto é que nos guia
Até ao velo d’ouro.
A razão é como
Um vento forte que nos afasta
Das rotas da felicidade,
E é como um mar
Que nos engole
E afoga em angústia.

O instinto é a força interior
Que descobre o céu dos nossos sentimentos
Quando chove.
O instinto sopra as nuvens para muito longe.
Depois o céu fica azul
E a felicidade
Já pode andar de mão dada connosco,
Porque pode esticar o seu braço dourado
Porque já não há nuvens
E porque a felicidade é o Sol
E o sol só não existe
Quando os homens
Tapam a vida com nuvens
Feias e tristes
E perdem o instinto de as soprar.

1 comentário:

Anónimo disse...

interessante e irónico usares a razão para perceber que a razão é uma chatice.. um handicap à nossa existência lol suponho que pode ser verdade, já o tinha pensado.. os animaizinhos são felizes, eles são instinto puro (tirando talvez os golfinhos e outros bichos que se dizem ter resquícios de inteligência), não meditam sobre a sua existência fugaz, sobre o seu lugar na cadeia alimentar loool nós pensamos, remoemos.. e onde chegamos? a lugar algum... a pensar esquecemo-nos de viver..


mas....


pensar até é bom. a razão tem a sua razão de ser :) mas (outro "mas", a vida tá cheia de adversativas :p) a verdade última (julgo eu) é que não há mesmo mais verdade nenhuma (como tu dizes e bem) a não ser que a vida tem tanto de mau como tem de bom e pronto... não vale a pena racionalizar mais que isso :)

bjinhos de uma pseudo-anti-filósofa loool