terça-feira, 14 de agosto de 2007

VISÃO INVISÍVEL






Às vezes olho da janela
E não vejo ninguém
E vejo um vazio,
Um eco do nunca.
Mas a Esperança
(Tranças deitadas pela janela
por um pôr-do-Sol desesperado)
Ilude-me
E ilumina
Como um relâmpago
Que se apaga
E a noite fica mais escura;
As estrelas iludem-me
Ainda.
Traço nelas o desenho do teu rosto,
Constelações inventadas,
Castelos de cartas que ruem antes de mim,
E desenho o teu rosto sem saber quem és
E procuro-te, ávida,
Num desconhecido
Que por acaso se conhece.
E és etéreo como a luz
Que sei que existe
Porque há frutos como há sombras
E sei que existes
Porque me vejo e me perco...
Mas não te encontro no vazio da rua.
Porque és a sombra daquilo que se não vê
E o eco do que se não ouve.

10.9.2002

(Afinal esta minha "visão" já não é "invisível" desde que conheci uma pessoa muito especial :) )

2 comentários:

Anónimo disse...

:) ora isto foi escrito em 2002.. andavas tu a sonhar com o teu cavaleiro andante.. acabaste por encontrá-lo :) fico muito feliz por vocês.. são um casal que com certeza terá um belo futuro, já que o presente parece tão bom :D

acho que não tenho visões invisíveis.. mas se calhar faço mal.. às tantas a esperança, ao invés de torturar, só faz bem :) ..que é para quando aquela pessoa especial chegar sabermos reconhecê-la, porque sempre soubemos quem seria.. :p

bjs grandes para a escritora e para o seu cavaleiro andante tb ja agora :D

Anónimo disse...

Abro os olhos e tenho a visão... Fecho os olhos e sinto o teu coração :) Beijos :D