quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Os jogos de sombras...




Os jogos de sombras nas paredes do quarto
Morreram
Quando a luz crua
Invadiu clandestinamente
O nosso templo antigo.

A lanterna com que desenhávamos
Círculos vivos no tecto de gesso
Desgastou-se com a perda de ânimo.
Alguém perdia a magia.
Alguém crescia.

As sombras como o sonho e a lua
Minguaram.
A empregada sacudiu o napron
E tanto a lua como o sonho como as sombras
Rolaram inúteis pelo chão.
Depois passámos,
Altivas e eloquentes
Como papagaios em poleiros
E pisámos, quebrámos
Um passado esquecido.
Inconscientemente
Assassinámos a nossa própria essência.
(Também, para que serve ter uma?)

3 comentários:

Anónimo disse...

as sombras da infãncia? este acho que percebi sem ter de reler.. mania de fazeres textos complicados miúda.. mas acho que consegui perceber este loool

mais uma vez.. belo.. doce.. mas pk é k só eu é k comento? ai gente inculta.. loool

Anónimo disse...

Os nossos blogs são gémeos! Nunca tinha visto o teu antes de criar o meu (quero que isto fique aqui esclarecido para não me chamarem imitadora! Só prova que temos as 2 bom gosto! =)
Agora fora de brincadeiras, gostei mesmo muito do teu blog por isso espero que continues! Tens um grande talento!
E já agora obrigada por visitares o meu blogzito apesar de não andar muito interessante!
Bjs

Anónimo disse...

Doce, sim...concordo com a Su. Mas ao mesmo tempo noto uma melancolia de algo que ficou para trás, para sempre...e a infância pode - aliás, deve estar sempre presente! Mas o texto...excepcional! * * *